Stablecoin – o futuro dos meios de pagamento!

Que as stablecoins serão os futuros meios de pagamento não há dúvidas. Mas, para que você entenda isso vamos fazer uma pequena viagem no tempo.

No decorrer da história, a humanidade foi evoluindo a maneira de fazer as trocas comerciais. Quando a civilização desenvolveu a agricultura, o excedente passou a ser trocado, e essa relação de troca passou a ser chamada de escambo.

No entanto, as dificuldades encontradas eram imensas. Nem sempre um produtor de milho queria trocar o seu produto por gado, ou vice e versa. Em virtude disso, surgiram as primeiras mercadorias-moeda.

Todavia, era necessário que essas mercadorias possuíssem alguns aspectos como durabilidade, facilidade de transporte, entre outros. Nessa época o sal tornou-se o principal meio de troca.

Com o avanço das relações comerciais, os metais foram se mostrando as mercadorias ideias para serem usadas como moeda. Afinal, não apodrecem, podem ser divididas, são homogêneas, não envelhecem, e são raras, o que dá ainda mais valor para elas.

Dentro dos metais, o ouro bem como a prata passaram a se destacar entre vários povos, até por representarem o sol e a lua. Esses metais para não serem falsificados começaram a passar pela cunhagem, e assim começou então a se desenvolver o comércio.

Com o tempo e o surgimento dos bancos centrais passaram a ser emitidos os primeiros papéis-moedas que possuíam lastro em ouro. Isso durou até o início do século XX, quando então o lastro deixou de existir.

Começaram a surgir então os primeiros problemas macroeconômicos

Sem lastro, os países em sua autonomia começaram a determinar a emissão monetária. E com isso diversos problemas macroeconômicos passaram a surgir, como a inflação por exemplo. Esse é inclusive um dos problemas atuais em diversos países.

Hoje, podemos ver que vivemos na Era do papel-moeda ainda. Mas, essa realidade está se transformando, e talvez em bem menos tempo do que podemos imaginar teremos uma nova mudança nos meios de troca: a do papel-moeda pelas “stablecoins”, ou moedas estáveis.

Agora você deve estar pensando, mas o que é “stablecoins”? Respondo com outra pergunta, você sabe o que é uma criptomoeda? Vamos então começar pela base.

As criptomoedas são moedas descentralizadas, sendo que o Bitcoin foi a primeira moeda digital criada no ano de 2008. De lá para cá, várias outras criptomoedas foram surgindo. Entretanto, um problema passou a acompanhá-las: a volatilidade.

Por possuírem uma cotação que varia de acordo com a oferta e procura, as criptomoedas tornaram-se muito voláteis, e ao invés de se tornarem um meio de troca, tornaram-se basicamente um ativo onde é possível ganhar ou perder dinheiro investindo.

Novamente o problema estava no ar. Especialistas pensaram, pensaram, até que criaram as stablecoins. Esse conceito é muito parecido com as criptomoedas, são descentralizadas e feitas através da mesma tecnologia, com apenas uma diferença: a volatilidade.

Leia também – Criptomoedas, União Europeia cogita lançar a sua!

As stablecoins não possuem volatilidade

Para contornar o problema da volatilidade as stablecoins passaram a trabalhar com lastro. Ou seja, para cada 1 unidade de stablecoin há sempre 1 unidade de algum determinado tipo de ativo em reserva.

Desse modo a emissão da criptomoeda é controlada pela quantidade de ativos disponíveis e por isso não sofre alterações. Essa solução passou a chamar a atenção de diversas empresas e governos que estão vendo nas stablecoins o futuro dos meios de troca.

Afinal, se o conceito emplacar, é possível que cada país terá a sua própria stablecoin, com lastro em reservas internacionais, sem a necessidade de existir uma casa da moeda para imprimi-las.

O governo ainda poderá ter um controle muito mais apurado do gasto das pessoas. Há a possibilidade inclusive de existirem stablecoins de grandes empresas que também poderão ser usadas nas trocas comerciais.

Isso sem contar que o conceito conforme for se solidificando poderá caminhar para uma moeda única universal, como era a pretensão do Facebook ao anunciar sua própria criptomoeda: a Libra.

A Tunísia e China anunciaram recentemente que passarão a emitir a sua própria moeda nacional usando a tecnologia do Bitcoin, chamada de Blockchain.

As stablecoins e o futuro!

O Banco Central do Brasil irá lançar em no final de 2020, uma nova estrutura de transferência de dinheiro, o Pagamento Instantâneo, criado sobre blockchain, possivelmente utilizando uma criptomoeda lastreada no Real. Já se escutam notícias (ainda a confirmar), que os Estados Unidos irá lançar sua própria stablecoin.

Do lado das empresas, além do Facebook, grandes empresas já lançaram as suas, como Bitfinex com o Tether USDT, Coinbase com a USD Coin, a Paxos com a PAX Gold e a Bitcointoyou Internacional com a BRL Coin. 

Os primeiros passos estão sendo dados. Uma nova década está começando, e talvez ao sair dela, o papel moeda não mais existirá. Que as stablecoins vieram para ficar, isso é fato. A dúvida é: como elas serão controladas? Quais serão os lastros usados? Serão dominadas por governos ou empresas? Quando chegaremos em uma stablecoin universal?

Para responder essas questões, basta aguardar alguns anos que o tempo irá mostrar.

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Autor: andre.horta

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