As moedas digitais de bancos centrais ganharam mais destaque após o Facebook anunciar a Libra.
As CBDCs, como também são chamadas essas moedas digitais, surgiram como uma resposta ao projeto do Facebook.
O yuan digital, moeda digital planejada pela China, também tem movido o ocidente na busca pela modernização do sistema financeiro.
A mais recente notícia é sobre a União Europeia, que anunciou seus planos para uma moeda digital.
Euro digital para proteger União Europeia
De acordo com Fabio Panetta, executivo do Banco Central Europeu (BCE), o euro digital deve ser desenvolvido para proteger a União Europeia.
Para Panetta, é importante que o bloco tenha uma moeda digital própria para evitar que outras criptomoedas tomem conta da região.
Ele afirma que a União Europeia já está pronta para ter sua própria moeda digital, e que a versão digital preservaria o bem público que o euro fornece aos cidadãos.
O relatório defende ainda a facilidade que um euro digital traria aos cidadãos da União Europeia.
A presidente do BCE, Cristine Lagarde, criticou o atraso da União Europeia em desenvolver sua moeda digital própria.
Como exemplo ela cita a China, que já está em fase de testes com o yuan digital.
Os Problemas
O grande problema de um euro digital é o mesmo que é comumente apontado como problema da moeda digital da China.
A centralização que bancos centrais podem exercer sobre a moeda digital não faz com que ela seja muito diferente de sua versão atual.
O que muda é a digitalização do sistema financeiro em uma nova camada. Contudo, em termos de liberdade, os cidadãos continuarão na mesma situação – ou pior.
É importante ressaltar ainda que, caso a moeda fiduciária colapse, o mesmo acontece com a versão digital.
Desta forma, as criptomoedas continuam relevantes como forma de fugir dos colapsos econômicos.
Embora as CBDCs tornem as criptomoedas mais populares, é imperativo que elas não as substituam.