O Banco Central do Brasil anunciou recentemente que irá começar a produzir cédulas de R$ 200 para reduzir o custo de impressão.
O anúncio foi feito no dia 29 de julho, sendo que essa é a cédula de maior valor desde a criação do plano real no ano de 1994.
Segundo o Bacen, a cédula entrará em circulação no final do mês de agosto, sendo que ela já foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A criação da nova cédula veio trazer polêmica entre os especialistas e a própria sociedade civil que se divide entre a defesa e a crítica da iniciativa.
Mas, por que o Banco Central vai emitir cédulas de R$ 200?
De acordo com o próprio Banco Central, nos últimos meses houve um aumento na demanda de papel moeda por conta da crise de Covid-19.
Um dos motivos foi que ao liberar o auxílio emergencial para aproximadamente 65 milhões de brasileiros durante a pandemia, houve a necessidade de imprimir mais papel-moeda.
Além disso, durante os meses de março a julho o Brasil também passou por um aumento de R$ 61 bilhões no entesouramento de moedas.
Isso quer dizer que grande parte dos brasileiros passou a guardar dinheiro dentro de casa, e uma boa parte das notas deixaram de circular na economia.
De acordo com Carolina de Assis Barros, diretora do Banco Central, o entesouramento é um efeito derivativo do Covid-19. Pois, as pessoas receosas do futuro deixam de consumir e passam a guardar dinheiro.
Como existe uma grande parcela desbancarizada da população, eles optam por guardar esse dinheiro dentro de casa, tirando o papel-moeda de circulação.
Banco Central foi obrigado a jogar mais cédulas no mercado
Como o Banco Central não consegue precisar por quanto tempo o entesouramento irá perdurar, ele foi obrigado a imprimir mais dinheiro para jogar no mercado.
No entanto, ao ter que imprimir mais dinheiro, há uma elevação dos custos relacionados a impressão, armazenamento e logística para distribuir essas notas.
E para diminuir esses custos, foi que o BC decidiu criar a cédula de R$ 200. Afinal, ela possui o mesmo custo de impressão que uma cédula de R$ 100.
Dessa forma, ao criar a nova cédula o BC estima que irá reduzir aproximadamente 50% de custo com a impressão de notas.
Por outro lado, é possível observar um acúmulo da inflação durante as últimas décadas. Afinal, o real perdeu cerca de 80% do seu poder de compra desde a sua criação no ano de 1994, e a emissão de uma cédula de R$ 200 vem representar essa desvalorização.
Lobo-Guará irá estampar as cédulas
Para estampar as novas cédulas de R$ 200 foi escolhido o Lobo-Guará que é uma espécie originária da América do Sul.
A escolha aconteceu porque em 2001 o BC fez uma votação para escolher os animais que iriam estampar as novas cédulas, e o Lobo-Guará ficou na terceira colocação.
Quem ganhou a votação foi a tartaruga-marinha que hoje estampa as notas de R$ 2 seguida do mico leão dourado que está presente nas notas de R$ 20. Portanto, sobrou para a nota de R$ 200 o Lobo-Guará que vinha sequencialmente na fila.
Um fato curioso é que em um episódio no Brasil, “Os Simpsons” que tem talento para prever o futuro adivinhou que seriam impressas cédulas de R$ 200 aqui nas terras tupiniquins.
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