O mês de julho foi marcado por uma importante discussão no exterior: a perda de ritmo da economia americana, que apesar de não apontar uma queda mostrou uma acomodação do crescimento.
No entanto, os resultados corporativos que foram divulgados na última semana do mês mostraram algumas empresas em franco processo de recuperação, onde o setor de tecnologia foi o que mais chamou a atenção.
No Brasil o mês de julho foi marcado por uma grande polêmica: o imposto sobre transações eletrônicas, uma espécie de CPMF, que continua sendo alvo de críticas.
Contudo, apesar dos embates, o governo ainda pensa em uma estratégia para levar a proposta para o Congresso, recriando o antigo imposto.
Austeridade fiscal em risco chama atenção dos investidores
Um outro assunto bastante delicado que mexe com todo o cenário de investimentos no país é a questão fiscal.
O que vem chamando a atenção, são portanto as várias tentativas de alguns grupos para tentar encontrar meios de driblar o teto dos gastos para elevar os investimentos em 2021.
Essa é uma questão que vem chamando a atenção de economistas, principalmente da ala ortodoxa, que vê no teto dos gastos uma âncora fiscal capaz de dar credibilidade no mercado financeiro, mantendo os juros baixos e a inflação controlada.
Inclusive durante esta semana haverá reunião de política monetária no Brasil, onde o Banco Central (BC) deverá reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual de acordo com o consenso de alguns analistas.
Isso acontece porque os dados da inflação ainda estão muito baixos no país, o que ficou evidente com o IPCA-15 abaixo das expectativas. Isso justifica a necessidade de mais um corte na taxa básica de juros.
Cenário de investimentos no mês de julho
Apesar da Ibovespa ter caído 2% no último dia do mês, ela encerrou o mês de julho com alta de mais de 8,5%, após ganhos semelhantes nos três meses anteriores. Apesar disso, o patamar de fevereiro ainda não foi atingido.
A cotação do dólar frente ao real fechou em R$ 5,22 representando uma queda de 4,39% em relação a junho. Portanto, para quem investe em ETF´s ou ações no exterior houve uma queda superior aos ganhos observados em junho de 2,25%.
O ouro que havia apresentado alta de 4,70% no mês de junho continuou subindo e saltou de R$ 314,47 para R$ 329,05, representando uma valorização de 4,63%.
O Bitcoin que apresentou um crescimento robusto no mês de maio e não manteve o mesmo ritmo em junho voltou a crescer com força em julho. O ativo iniciou o mês cotado em R$ 49.135,34 e fechou o mês em R$ 59.237,91, apresentando uma alta de 20,56%.
Perspectivas futuras e construção da carteira de investimentos
Diante da instabilidade mundial, apesar da queda da Taxa Selic, ainda é aconselhável manter uma reserva de emergência em ativos de renda fixa.
Para investimentos em renda variável, o Bitcoin vem se mostrando uma opção bastante atraente, com vários especialistas apontando quebras da resistência no decorrer dos próximos meses.
Na Ibovespa, ainda é preciso um pouco de cautela no momento de investir, procurando assim, a diversificação de investimento. A PETR4 perdeu um pouco de fôlego, e fechou o mês cotada em R$ 22,20. No comparativo com junho, onde a ação fechou em R$ 21,55, o crescimento foi de 3,00%.
Com a retomada econômica, a procura por combustível deverá aumentar, e por isso, o preço das ações da PETR4 deverá continuar crescendo no próximo mês. No entanto é preciso cautela, pois o balanço indicando prejuízo no trimestre poderá limitar o crescimento.
Destacamos no mês passado a valorização das ações do Magazine Luiza (MGLU3) que cresceram 11,34% no mês. Em julho, o crescimento foi pouca coisa maior, e o valor da ação cresceu 12,65%, saltando de R$ 71,65 para R$ 80,71.
É possível que o ritmo de crescimento das ações da varejista continue neste patamar, ou pouca coisa menor, o que indica ser um bom investimento a compra das suas ações.
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