Na manhã desta segunda-feira (22/02), o Banco Central divulgou mais um Boletim Focus com expectativas econômicas para 2021.
Nesta semana, foi possível observar que o mercado está menos otimista com a economia brasileira, inclusive baixando a projeção do PIB de 3,43% para 3,29%.
Além disso, a projeção para a inflação subiu bastante na semana, sendo que a expectativa para o IPCA saiu de 3,62% para 3,82% neste ano.
A projeção para o IGP-M também disparou e saltou de 6,97% para 8,02% em 2021. Desse modo, podemos ver que a normalidade na inflação de custos ainda está longe de ser atingida.
Quer saber mais sobre as projeções do mercado? Confira a nossa análise do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021.
Crescimento do PIB
A projeção para o crescimento do PIB piorou bem nesta semana. Na semana passada, ela já havia caído de 3,47% para 3,43%. Agora os analistas acreditam que o crescimento será de apenas 3,29% neste ano.
Essa piora mostra que o mercado está mais receoso em relação ao futuro da economia brasileira, principalmente após o anúncio do novo presidente da Petrobrás.
No entanto, ainda é cedo para afirmar se realmente a economia do Brasil será capaz de se recuperar em 2021. Afinal, a pandemia está longe de acabar e a economia parece ter estagnado neste começo de ano.
Inflação
Em relação à inflação, o cenário segue bastante incerto. Por isso, tanto as projeções para o IPCA quanto para o IGP-M, pioraram nesta semana.
No último relatório, o IPCA estava previsto em terminar o ano em 3,62%, e agora a previsão é que o indicador irá terminar 2021 em 3,82%.
Já em relação ao IGP-M, a projeção piorou ainda mais. Afinal, há 4 semanas a expectativa era que o indicador fosse fechar o ano em 5,52%.
Agora, por conta da alta no câmbio nas últimas semanas, o mercado reviu suas projeções e acredita que o indicador irá virar 2021 em 8,02%. Na semana passada a projeção era de 6,97%.
Isso mostra que a inflação de custo deverá perdurar por todo ano de 2021 ainda. Um dos motivos que faz a projeção do IPCA ser diferente do IGP-M é a metodologia usada.
Pois, enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Assim sendo, quando ocorre uma desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar sobem, impactando o IGP-M diretamente.
Taxa de juros e Taxa de Câmbio
Outro destaque da semana foi a projeção para a Taxa Selic. Se no começo do ano o mercado seguia acreditando que 2021 iria fechar com a taxa básica de juros da economia em 3%, agora a previsão é de que o ano deverá virar com a Taxa Selic em 4%.
Isso mostra, que os especialistas seguem acreditando que o Copom deverá elevar a taxa de juros para tentar conter a pressão inflacionária.
Há um certo consenso de que no longo prazo a taxa Selic subirá gradualmente sendo que para 2024 as projeções são de 6% para ela. Para o ano que vem, as projeções seguem em 5%.
Em relação a Taxa de Câmbio, pela primeira vez no ano, a expectativa piorou com o mercado acreditando que o dólar irá virar o ano cotado em R$ 5,05.
Entretanto, ainda é muito cedo para apontar um caminho sólido para o câmbio, afinal, neste começo de ano ele está girando em torno de R$ 5,40.
Produção Industrial
Na última semana houve uma melhora na expectativa da produção industrial, saindo de 5% para 5,18%. Nessa semana, a expectativa se manteve igual.
Ainda é cedo para dizer se a indústria conseguirá se recuperar tanto neste ano. Afinal, muitos são os fatores envolvidos, e um deles está relacionado à retomada da economia mundial.
Já as projeções dos investimentos diretos feitos no país se mantiveram estáveis. Nesse sentido, o mercado acredita que eles fecharão o ano em US$ 60 bilhões.
Bitcoin e criptomoedas
Na semana retrasada (08/02/2021) comentamos que era um bom momento para a compra de Bitcoin, e o criptoativo saltou da casa dos R$180 mil para R$270 mil.
Já na semana passada (17/02/2021) continuamos falando que ainda era um bom momento para se posicionar no Bitcoin, visto que o cripto ativo não tinha atingido nenhuma zona de resistência. E foi isso que aconteceu. O cripto ativo continuou crescendo e já está beirando os R$300 mil.
E aí vem uma pergunta: será que a criptomoeda chega nos R$500 mil neste ano? Muitos acreditam que sim.
Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.