Giro econômico da Semana – Análise do Boletim Focus (08/03)

Na manhã desta segunda-feira (08/03), o Banco Central divulgou mais um Boletim Focus com expectativas econômicas para 2021.

Essa foi uma semana marcada pela cautela do mercado financeiro que agora acredita em um crescimento de 3,26% ao ano para o PIB do Brasil.

A projeção para os índices de inflação continuaram piorando. A expectativa é que o IPCA vire o ano em 3,98% enquanto que o IGP-M deverá terminar 2021 em 8,98%.

O câmbio continua preocupando, com as projeções subindo toda semana, de acordo com os analistas, ele deverá terminar 2021 em R$ 5,15.

Quer saber mais sobre as projeções do mercado? Confira a nossa análise do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 08 de março de 2021.

Crescimento do PIB

A projeção para o crescimento do PIB se manteve praticamente estável nesta semana com uma leve queda. Dessa forma, os analistas acreditam que o crescimento será de apenas 3,26% neste ano.

Esse percentual é um pouco menor que o da semana passada, onde a projeção para o PIB era de 3,29% ao ano. No entanto, o que preocupa é que essas projeções estão caindo com o tempo.

Uma das justificativas é que a pandemia de Covid-19 ainda está um pouco longe do fim por conta do atraso nas vacinas. Entretanto, é muito cedo para apontar qualquer caminho, mas a tendência é de que o PIB não deverá recuperar a perda de 2020 em 2021.

Inflação

Em relação à inflação, o cenário segue preocupando. Por isso, tanto as projeções para o IPCA quanto para o IGP-M, pioraram nesta semana.

No último relatório, o IPCA estava previsto em terminar o ano em 3,87%, e agora os analistas acreditam que ele fechará 2021 em 3,98%.

Já em relação ao IGP-M, a projeção piorou ainda mais. Na semana passada ela era de 8,88% e agora chegou em 8,98%. Um dos principais influenciadores para essa piora no IGP-M é a taxa de câmbio que continua crescendo.

É importante entender que o IPCA e o IGP-M são índices com metodologia diferentes um do outro e por isso os valores entre eles divergem.

Pois, enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Assim sendo, quando ocorre uma desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar sobem, impactando o IGP-M diretamente.

Taxa de juros e Taxa de Câmbio

A Selic continuou sendo projetada em 4% ao ano nesta semana. Isso mostra, que os especialistas seguem acreditando que o Copom deverá elevar a taxa de juros para tentar conter a pressão inflacionária.

Há um certo consenso de que no longo prazo a Taxa Selic subirá gradualmente sendo que para 2024 as projeções são de 6%. Para o ano que vem as projeções subiram de 5% para 5,5%.

A taxa de câmbio que já havia subido na semana passada continuou piorando, e agora os analistas seguem acreditando que ela deverá virar o ano em R$ 5,15.

Entretanto, ainda é muito cedo para apontar um caminho sólido para o câmbio, afinal, nesta semana a cotação da moeda americana teve uma alta considerável.

Produção Industrial

A projeção para a produção industrial que tinha piorado na semana passada voltou a melhorar. E agora o mercado acredita em um crescimento de 4,37% neste ano.

Contudo, como estamos diante de tempos incertos, ainda é cedo para dizer se essas projeções irão se manter, melhorar ou piorar.

Um dos destaques negativos da semana foram os investimentos diretos feitos no país que continuam caindo. Na semana passada a projeção era que os investimentos feitos fossem de US$ 55 bilhões. Nesta semana eles caíram para R$ 52,5 bilhões.

Bitcoin e criptomoedas

O Bitcoin ficou girando entre a resistência (R$ 300 mil) e o suporte (R$ 270 mil) na última semana. Por isso, o momento ainda segue para manutenção.

Mas quando considerado o longo prazo, a criptomoeda pode ser uma alternativa interessante, visto que ela possui os halvings a cada quatro anos e poderá se valorizar na medida que vai ficando mais escassa.

Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.

 

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Autor: andre.horta

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