Giro econômico da Semana – Análise do Boletim Focus (15/03)

Na manhã desta segunda-feira (15/03), o Banco Central divulgou mais um Boletim Focus com expectativas econômicas para 2021.

O mercado financeiro parece estar um pouco mais pessimista em relação ao futuro, por isso, quase todas as expectativas pioraram.

O IPCA que no último relatório Focus estava previsto para terminar o ano em 3,98% disparou e agora o mercado acredita que ele terminará em 4,60% em 2021.

Isso mostra que a pressão inflacionária ainda é preocupante, sendo o câmbio um dos maiores vilões neste cenário.

Quer saber mais sobre as projeções do mercado? Confira a nossa análise do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 15 de março de 2021.

Crescimento do PIB

A projeção para o crescimento do PIB caiu mais um pouco nesta semana. Na semana passada ela estava em 3,26% e agora caiu para 3,23%.

Há quatro semanas, o mercado previa um crescimento de 3,43% do PIB. Portanto, está ocorrendo uma diminuição da expectativa de crescimento, semana após semana.

Uma das justificativas é que a pandemia de Covid-19 piorou ao invés de melhorar. Alguns Estados estão adotando novamente o isolamento social o que prejudica o crescimento da economia.

Inflação

Em relação à inflação, o cenário segue preocupante. Por isso, tanto as projeções para o IPCA quanto para o IGP-M, pioraram nesta semana.

No último relatório, o IPCA estava previsto em terminar o ano em 3,98%, e agora os analistas acreditam que ele fechará 2021 em 4,60%. Nesse ritmo, a preocupação é que a inflação oficial fique acima do teto da meta.

Já em relação ao IGP-M, a projeção piorou ainda mais. Na semana passada ela era de 8,98% e agora chegou em 11,02%. Um dos principais influenciadores para essa piora no IGP-M é a taxa de câmbio que continua crescendo.

É importante entender que o IPCA e o IGP-M são índices com metodologia diferentes um do outro e por isso os valores entre eles divergem.

Pois, enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Assim sendo, quando ocorre uma desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar sobem, impactando o IGP-M diretamente.

Taxa de juros e Taxa de Câmbio

Nesta semana a Taxa Selic foi revista para cima. Até a semana passada o mercado seguia acreditando que ela fecharia 2021 em 4%. Agora ela é de 4,5%.

No longo prazo as projeções se mantiveram estáveis, para 2022 em 5,5% e 2023 em 6%. Contudo, dependendo do andar da carruagem em 2021, esses valores podem se alterar.

A taxa de câmbio continuou subindo. Na semana passada ela chegou a bater R$ 5,88. Por isso, as novas projeções são de que o dólar vire o ano cotado a R$ 5,30.

Produção Industrial

A projeção para a produção industrial, que já tinha melhorado um pouco na semana passada, continuou melhorando. O mercado agora segue acreditando em um crescimento de 4,69%.

O que justifica o otimismo em relação ao setor é a possibilidade do auxílio emergencial começar a ser distribuído novamente a partir de abril. De certo modo, ele impulsiona o consumo e a indústria.

Os investimentos diretos previstos para 2021 continuaram estáveis durante a semana, com previsão de terminarem o ano em US$ 52,5 bilhões.

Bitcoin e criptomoedas

O Bitcoin que havia atingido uma zona de resistência nos R$ 300 mil, parece que vai decolar novamente. Na semana passada ele superou essa resistência.

Ainda é cedo para afirmar se a criptomoeda terá força para se distanciar desse valor ou se ficará girando em torno disso, mas o momento que era para manutenção, parece ter virado para compra novamente.

Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.

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Autor: andre.horta

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