Na manhã desta segunda-feira (11/01) o Banco Central divulgou o primeiro Boletim Focus do ano de 2021.
Para esse ano a expectativa é que a pressão inflacionária dê uma trégua e o IPCA termine o ano em 3,34%. Os analistas de mercado também estão acreditando em uma normalidade do câmbio, fazendo com que o IGP-M termine o ano em 4,60%.
A previsão de crescimento para o PIB também se manteve estável, com os analistas acreditando em um crescimento de 3,41% em 2021.
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Crescimento do PIB
Nesta semana as projeções para o PIB de 2021 se mantiveram estáveis, com o mercado acreditando em um crescimento de 3,41% no ano.
Há quatro semanas atrás, as projeções eram de que o PIB cresceria cerca de 3,5% neste ano. Apesar da queda nas projeções, o cenário ainda segue otimista em relação à economia brasileira.
Inflação
A inflação que tirou o sono de muita gente em 2020 parece ter perdido forças. Os preços estão mais estáveis, e a expectativa é que o IPCA termine 2021 em 3,34%.
O destaque no relatório FOCUS vai para o IGP-M que fechou o ano de 2020 em 23,14%. Para 2021, os analistas acreditam que o índice irá se normalizar.
Dessa forma, a expectativa é que o indicador termine o ano de 2021 em 4,60%, aliviando assim o custo de diversas famílias brasileiras.
Um dos motivos que fez o IGP-M fechar 2020 tão alto, é a metodologia usada. Pois, enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Assim sendo, por conta da desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar subiram em 2020, impactando o IGP-M diretamente.
O mesmo acontece com insumos importados, que elevaram o custo de produção mas não impactaram tão diretamente no índice IPCA.
Taxa de juros e Taxa de Câmbio
A expectativa para a Taxa Selic em 2021 voltou a subir, e agora os analistas acreditam que ela deverá fechar o ano em 3,25%.
Até a semana passada, os analistas de mercado vinham apostando que a Selic ficaria em torno de 3% neste ano. Porém, com a pressão inflacionária, será preciso aumentar a Selic para tentar normalizar os preços do mercado.
Em relação ao câmbio, as projeções seguem estáveis nesta semana, com o mercado acreditando que o dólar feche o ano cotado a R$5,00.
Em 2020, o dólar fechou o ano cotado a R$5,19, um pouco superior aos R$5,14 que foram previstos pelos analistas.
Produção Industrial
Em relação à produção industrial, as projeções se mantiveram estáveis nesta semana. Sendo assim, o mercado segue acreditando em um crescimento de 4,78% do setor.
Para 2020, a expectativa é que na apresentação dos resultados, a produção industrial caia cerca de -4,94%. Portanto, ao que parece a indústria não será capaz de recuperar toda a perda em 2021.
As projeções dos investimentos diretos feitos no país também se mantiveram estáveis. Dessa forma, o mercado acredita que os investimentos fecharão o ano em US$60 bilhões.
Isso mostra que apesar da cautela, o mercado segue acreditando em um aquecimento da economia neste ano que se inicia.
Bitcoin e criptomoedas
O destaque da semana continua sendo o Bitcoin que está se valorizando em uma velocidade alucinante e fechou a semana cotado em aproximadamente R$220 mil.
Em comparação com o mesmo dia da semana anterior, a valorização foi de aproximadamente 31,73%.
Comentamos até a semana passada, após o Bitcoin romper a resistência dos R$100 mil, que esse seria um bom momento para compra.
Agora, porém, parece que uma nova zona de resistência foi alcançada nos R$200 mil, e por isso a recomendação é neutra no prazo de uma semana.
Ao considerar o longo prazo, porém, por conta do halving, o Bitcoin segue sendo uma boa aposta de investimento.
Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.