Giro econômico da Semana – Análise do Boletim Focus (07/12)

Na manhã desta segunda-feira (07/12) o Banco Central divulgou o Boletim Focus da semana, e o destaque continua sendo a inflação.

O índice IPCA continuou subindo, e as projeções agora já superam o centro da meta, que foi fixado em 3,75% para 2020.

Sendo assim, no último boletim FOCUS, as projeções para o IPCA foram de 4,21% ante 3,54% da última semana.

Já em relação ao PIB, a previsão segue estável, com uma leve melhora. O rombo previsto, saiu, portanto, de -4,50% e foi para -4,40%. 

O mesmo movimento é visto nas projeções para 2021. Para o ano que vem, o mercado acredita agora que o Brasil deverá crescer 3,50% no próximo ano.

Quer saber mais? Confira a nossa análise do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 07 de dezembro de 2020.

Crescimento do PIB

As projeções do PIB se mantiveram estáveis na semana, saindo de -4,50% para -4,40%. Também pudemos notar o mesmo movimento de estabilidade para 2021. Agora o mercado financeiro acredita que o crescimento do ano que vem será de 3,50%.

Ao que tudo parece, 2021 será um ano de recuperação de diversas economias pelo mundo, inclusive do Brasil. No entanto, ainda é preciso muita cautela para afirmar qualquer direção.

Afinal, a segunda onda de Covid-19 está assolando a Europa, e isso poderá ter um impacto altamente negativo na economia mundial. Por isso, as previsões para o PIB do próximo ano apesar de estarem melhores, ainda são bastante incertas.

Inflação

A inflação continua crescendo, e pela primeira vez, o mercado acredita que ela deverá ficar acima do centro da meta, estabelecida em 3,75% para 2020.

Na semana passada, as projeções do mercado eram de que o IPCA fossem fechar o ano em 3,54%. Agora, as projeções são de 4,21%.

No entanto, apesar de estarem crescendo, para 2021 o mercado acredita que ela deverá cair, e se manter em 3,31%. Ainda é um pouco cedo para afirmar qualquer direção. Mas, a expectativa é que a inflação se mantenha sob controle.

Assim como o IPCA, o IGP-M também continuou crescendo. Agora a expectativa é que ele vire o ano em 24,09%. No entanto, para 2021 espera-se que esse índice fique controlado.

Outro motivo que faz o IGP-M estar tão alto, é a metodologia, pois enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Assim sendo, por conta da desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar aumentaram o preço, impactando o IGP-M diretamente.

O mesmo acontece com insumos importados, que acabam elevando o custo de produção mas não impactam tão diretamente no IPCA como um todo.

Taxa de juros e Taxa de Câmbio

As projeções para a Selic continuam estáveis. Já as projeções para o câmbio melhoraram, podendo, inclusive, minimizar o crescimento da inflação no longo prazo. A expectativa vinha de desvalorização crescente do real frente ao dólar, agora parece que a curva mudou.

Sendo assim, a expectativa é que o dólar vire 2020 cotado a R$ 5,22 e que para 2021 o real se valorize mais um pouco sendo cotado a R$ 5,10. No longo prazo a expectativa é de queda gradual da taxa de câmbio.

Produção Industrial

Em relação à produção industrial, as projeções seguem estáveis nesta semana. Na semana passada elas eram de -5,03% e nesta semana ficaram em -5,00%.

No entanto, apesar da estabilidade, houve uma melhoria durante o ano nas projeções da indústria, e apesar do ano difícil, a retração não será tão profunda quanto parecia.

Em relação aos investimentos diretos feitos no país, a expectativa caiu um pouco. O mercado que vinha projetando US$ 45 bilhões de investimento, caiu as projeções para US$ 43,15 nesta semana.

Isso mostra que a economia mundial ainda segue bastante incerta e que o apetite por investimentos ainda é bem pequeno.

Bitcoin e criptomoedas

O Bitcoin parece ter encontrado uma resistência e um suporte para o curto prazo. A expectativa é que a criptomoeda fique girando entre R$ 85 mil e R$ 100 mil nos próximos meses.

Porém, alguns analistas acreditam que no próximo ano, a valorização da criptomoeda poderá ser de 100%. Ainda é cedo para afirmar, mas o Bitcoin vem mostrando um excelente desempenho de longo prazo.

Na última sexta-feira (27) a cotação do BTC estava em R$ 91.500, uma queda após longas altas. Nesta semana, a cotação voltou a crescer, e na sexta-feira (04) estava cotada a R$ 96.600. 

É possível ver que uma zona de resistência foi criada nos R$ 100 mil. Ainda é cedo para dizer se essa barreira será rompida. Por isso, a semana segue com indicação neutra para a compra e venda de criptomoedas.

Todavia, o bitcoin continua sendo uma boa aposta de investimento de longo prazo, ainda mais por conta dos halvings que ele possui.

Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.

 

 

 

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Autor: andre.horta

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