No dia 1º de julho, o real completou 27 anos de vigência como moeda de curso legal no Brasil. Contudo, desde então, a moeda perdeu 85% do seu poder de compra.
Em outras palavras, o brasileiro compra muito menos com R$ 100 atualmente. Embora isso não seja novidade, a perda de 85% é considerável.
Mais considerável ainda se comparada com o Bitcoin, que há 12 anos já valorizou de forma estratosférica.
Perda no poder de compra
Quando o discurso da liberdade financeira envolvendo as criptomoedas chega aos mais leigos, é difícil que eles compreendam a gravidade do que isso representa.
Apenas comparando com fatos, como a perda do poder de compra do real, é que a necessidade do Bitcoin e demais moedas digitais toma forma.
O Plano Real surgiu em um momento importante da história brasileira. A hiperinflação assolava o país, recém saído de uma ditadura militar.
Era necessário, então, criar um plano econômico que colocasse a economia de volta nos trilhos. Dentre as medidas propostas, surgiu o real. A moeda cortou casas decimais e iniciou um período de recuperação econômica.
Contudo, conforme a história já provou, o real não foi a cura para todos os males. Atualmente fraca perante o dólar, a moeda brasileira declinou fortemente ao longo dos anos.
Ainda que a situação no Brasil não se assemelhe a outros países da América Latina, como Venezuela e Argentina, tampouco pode ser considerado um quadro otimista.
Nesse sentido, o Bitcoin surge como uma forte alternativa. A força como reserva de valor é exibida em meio a um cenário econômico global no qual o temor inflacionário é constante.
Após a impressão massiva de dólares pelo governo estadunidense, ainda não se sabe quando a economia do mundo todo pode colapsar.
Como a pandemia de coronavírus mostrou, o Bitcoin pode ser tornar uma alternativa viável ao saltar de US$ 3.200 para mais de US$ 60 mil em poucos meses.
Ainda que o preço não tenha se mantido nessa faixa de preço, aqueles que alocaram dinheiro no BTC em sua baixa de março de 2020 viram seu capital multiplicar em 10 vezes.
Se o real vai durar mais 27 anos, o tempo dirá. Até lá, posicionar ao menos parte das economias em Bitcoin parece fazer muito sentido.